David e Má, boa leitura!!
Pensamentos
Divinos X Pensamentos Humanos
Sinto-me
privilegiado por ver na vida das pessoas que me cercam, o poder, a obra e a mão
de Deus, tanto quanto na minha mesmo.
Em minha
memória esta ainda muito viva a imagem de um poderoso irmão e líder na Igreja,
chorando no púlpito ao prestar seu testemunho, dizendo que seguia e acreditava
no Evangelho, mesmo que no fundo de seu coração não conseguisse entender a
vontade de Deus em relação a ele e sua família, creio que falando de fatos
pontuais. Já falecido este querido
irmão, tive o oportunidade de servir ao seu lado por diversas vezes nos últimos
anos. Ao ouvir este seu testemunho, por mais de uma vez, me sentia em parte
compadecido, em parte intrigado, tentando entender melhor o relacionamento do
homem com Deus.
De certa
forma, para mim sempre foi mais fácil entender as mãos de Deus em minha vida. Nunca tive dificuldades em identificar a mente
de Deus, no decorrer de meus chamados, durante a missão, no casamento, no
trabalho, enfim mesmo quando eu não me sentia atendido em minhas petições, às
vezes repetitivas, sempre tive um sentimento de segurança e paz interior de que
o melhor para mim estava sendo feito.
Nunca
precisei parar para tentar entender como se dá o relacionamento divino com o
ser humano. A posição de filho sempre me
foi bastante confortável.
Embora sentido
isto, muitas vezes eu agisse como que impedindo Nosso Pai Celestial de me
dirigir, numa vã tentativa de autodeterminação, assumindo assim riscos
desnecessários, afastando-me da influencia de Deus.
Isto pode
não ter um significado maior para quem ler, mas ao mesmo tempo preciso dizer que, na
luta para me conhecer, no decorrer dos desafios da vida, exatamente quando mais
precisava de ajuda, - lamentavelmente foi quando mais me fechei para Deus!!
Tenho
aprendido através de revelações modernas, decorrentes da restauração do
evangelho nos últimos dias, sobre a PESSOALIDADE de Deus. É muito claro que,
Deus o Pai é Eloim do Velho Testamento, e que seu filho Jeová veio ao mundo
sob o nome de Jesus de Nazaré. Da mesma maneira, o Espirito Santo é uma outra
pessoa. Portanto, o homem tem um Deus a quem prestar contas. A quem adorar semanalmente.
É um típico
relacionamento exterior, ou seja, nós somos um ente, e Deus um outro Ente.
Pois então,
em anos recentes, no processo de aprender um pouco mais sobre mim mesmo, sobre
Deus e sobre meu relacionamento com Ele, pude refletir melhor e começar a
perceber que, trazemos algo de Nosso Pai Celestial dentro de nós ao nascermos nesta terra.
Trazemos
Deus dentro de nós. O evangelho ensina que todos nascemos com a Luz de Cristo,
que é também chamada de consciência. Ou seja, ao vir para este plano terreno,
nossos espíritos, ao ganhar um corpo físico, foram dotados de um tipo de sensor que nos alerta sempre que
deparamos com algo ruim ou errado. E isto está 100% de acordo com os ensinamentos
da Igreja sobre o Véu do Esquecimento.... pois se tivéssemos uma clara lembrança da vida pré mortal, invalidaria os esforços para aperfeiçoamento de nosso caráter!
As diversas
religiões tem diversas explicações para este fato. Alguns, como os hindus, ao se saudarem, dizem
uns aos outros: “O Deus dentro de mim, saúda o Deus dentro de ti.” Isto soa
para mim como algo assim: O que eu tenho de bom dentro de mim, saúda o que você
tem de bom dentro de si. Esta é uma
maneira de reconhecer que trazemos conosco uma ligação com Deus, o Pai. Nas regiões mais remotas do planeta –
inclusive em nossos rincões brasileiros, onde vivem algumas das pessoas mais
simples, que conservam dentro de si uma certa pureza de pensamento e conduta, é
mais fácil observarmos como Deus ainda está presente, dentro de cada uma destas
pessoas. De forma efetiva. Geralmente é um sentimento de gratidão, de reverência,
sempre numa mescla disto tudo com muita humildade! A humildade é o ingrediente perfeito para que
seja mantido o relacionamento entre nós e o Deus dentro de nós. Desta forma, quanto mais humilde for a pessoa,
mais facilidade ele terá em se manter fiel ao Deus que nasce dentro de si. Claro que falo de humildade genuína, e não
apenas da superficialidade da humildade econômica, educacional que geralmente
submete os desvalidos, chegando a criar confusão entre humildade e humilhação.
Se é assim
tão simples, porque a humanidade complica tanto? Pois em se tratando de estabelecer um
relacionamento entre o homem e Deus, seu Criador, praticamente tudo se complica
mesmo.
Se cada
pessoa conseguisse se manter fiel ao Deus interior que nasce consigo, teria tanto
mais facilidade de se tornar fiel ao Deus Pessoa.
O nosso
relacionamento com o Deus Interior é regido basicamente por sentimentos. Já o relacionamento com o Deus Pessoa é todo
regulado por leis e cerimonias. O Evangelho do Senhor Jesus Cristo é feito 100%
de leis e cerimonias, assim como o fora antes o Evangelho Preparatório trazido
por Moisés ao povo do convenio daquela era.
Cabe a nós
trazermos a tona os sentimentos que norteiam o relacionamento com nosso Deus
Interior para o plano do Deus Pessoa. O
acatamento deve ser o mesmo. Como nós geralmente não conseguimos viver sem ceder aos impulsos carnais, vamos aos poucos
maculando o bom relacionamento com o Deus Interior, sem dar espaço ao Bem
dentro de nós.
Na medida em
que deixamos de seguir estas impressões, concebendo e praticando o mal, vamos
os poucos matando o Deus dentro de nós.
Vamos aos poucos extirpando a bondade de dentro de nossa alma. Alguns nem mesmo acreditam que tenham alma,
melhor dizendo, que SEJAM alma. E assim negam Deus. Negamos a Deus a
oportunidade de agir em nossas vidas. Excluímos Deus de nossas vidas.
Ao deixarmos
de ser fiéis ao Deus que nasce conosco, certamente não conseguiremos ser fiéis
ao Deus Pessoa. Numa primeira compreensão de Deus em nossas vidas precisamos
agir em conformidade com o Deus, ou a partícula Divina que ele instalou em
nossos espíritos, ao nos gerar espiritualmente.
O Nosso Pai
Celestial, seu Filho Jesus Cristo, ambos são Deuses Eternos. Pessoais, que
buscam um relacionamento conosco. Porém precisamos antes de destrinchar este
relacionamento, e tentar entender o Deus Pessoa, precisamos reconhecer o Deus que
nasceu conosco. Ser fiéis a esta centelha Divina, a Luz de Cristo. Até mesmo os povos indígenas têm suas próprias
tradições tentando explicar Deus. Todas as religiões tem parte desta verdade em
seus ensinamentos. Mas praticamente nenhuma delas se ocupa em posicionar seus
seguidores da extrema necessidade de sabermos conciliar a porção Divina que
veio conosco, com os ensinamentos de um Deus Pessoa. Geralmente a visão mais
comum projetada pela maioria dos pregadores, é a de um Deus, uma segunda
pessoa, a quem devemos obediência e adoração.
Não se trata
de apenas se submeter a um Deus externo, mas antes de saber reconhecer o Deus
que nasceu conosco.
O primeiro
passo para o ser humano amar e respeitar a Deus, o Deus Pessoa, é sem dúvida
saber se manter fiel ao Deus Interior, sabendo amar a si próprio desta maneira!