Para Mariana,
A
citação que a Má postou recentemente no Face do lama Chagdud Tulku Rinpoche (Tromtar, Tibete, 12 de agosto 1930 — Três Coroas, 17 de novembro de 2002) me deixou bastante curioso sobre ele,
tanto que fui pesquisar, principalmente para desfazer ou confirmar a impressão
causada pela palavras ali contidas.
Descobri coisas interessantes
sobre o Lama, que após viver peregrinando por diversos países fazendo
discípulos para a sua linha do Budismo, escolheu viver numa
paradisíaca região brasileira, na Serra Gaúcha, onde estabeleceu um majestoso
Templo Budista, incomparável em terras ocidentais. Por aqui passou os seus últimos 7 anos de vida terrena. Suas cinzas repousam na terra natal, o Tibete.
Segundo a Wikipedia, ele é um
Lama da escola Nyingma de Budismo Vajrayana tibetano, reconhecido como o
décimo-quarto renascimento do abade do mosteiro de Chagdud, o Chagdud Gonpa, no Tibete,
possivelmente, um terton,
isto é, um descobridor de tesouros da prática budista.
Portanto um homem que nasceu e viveu propriamente apenas para praticar a sua religião.
Portanto um homem que nasceu e viveu propriamente apenas para praticar a sua religião.
E, isso parece ser uma grande contradição ao
texto estrito da citação, que sugere uma interpretação desfavorável à religião,
pois compara pessoas a cães adestrados. Na verdade, ele nem está
desqualificando a religião e nem as pessoas. Mas antes, incentivando as pessoas boas a
serem melhores! Portanto o sentido em que esta citação esta sendo usada na
Internet para desvalorizar a religião, e menosprezar pessoas religiosas, quando
entendido à luz da vida e ensinamentos do Lama, cai por terra. Na mesma fonte
onde a citação foi achada, posso citar uma outra, dele, que alarga o
entendimento a respeito do que ele pensava sobre religião, abaixo:
A paciência é a maior amiga, pois ajuda a superar a raiva, a forma mais
poderosa de desvirtude. Por outro lado, com o passar do tempo, aparentar
paciência e ferver por dentro, guardando ressentimento, só trás mais
dificuldades. Apesar de haver virtude no fato de refrearmos a expressão
evidente da raiva, a verdadeira paciência é a ausência de raiva na mente.
Chagdud Tulku
Rinpoche
De
maneiras parecidas, nossas religiões, a dele e a minha, nos ajudam a expandir
nossa mente e nossos sentimentos á uma dimensão bem maior, muito além da breve
existência terrena. Nos incentiva a ser melhores em nosso dia-a-dia. Absolutamente
não nos faz cães adestrados ao tentar viver de maneira mais elevada, mais digna
perante nós mesmos, perante a parcela da Deidade que nasce conosco, perante
nossos semelhantes. É preciso sensibilidade espiritual para discernir o que o
Mestre Tulku propõe, para separar o joio do trigo.
Trata-se
de um incentivo a elevados padrões de caráter, e não um desincentivo a
religião! Ideias que nascem próximas, (ao negar a aparência e valorizar a prática),
mas que se separam e seguem caminhos opostos!
Como o próprio nome dele sugere, sendo mais titulo do que nome - carregado de simbolismos, precisamos dar nó em aço!
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