Sunday, December 31, 2006

MELHOR PREVENIR.......

Você sabe o que é diabetes mellitus tipo 1 ?
Diabetes tipo 1 pode ocorrer na faixa etária de 0-35 anos de idade, aproximadamente. Antigamente, era chamado de diabetes infanto-juvenil ou insulino-dependente, já que acomete crianças e pessoas mais jovens e provoca dependência de insulina.
A influência hereditária bem como a presença de determinados tipos de genes como, por exemplo, os chamados HLA Dr3 e Dr4, são importantes na ocorrência deste tipo de diabets. Outros fatores como os ambientais podem ser provocados por situações de estresse como, por exemplo, a perda de um familiar, a separação dos pais, e mudança de casa ou colégio, podem estar “abrindo” a chamada janela imunológica do indivíduo.
Para que se desenvolva o diabetes do tipo 1, ocorre uma verdadeira “guerra” do sistema de defesa ou imunológico do organismo contra o próprio pâncreas e, em especial, contra as células beta. Ele forma anticorpos contra as células beta. Eles promovem uma espécie de processo inflamatório, levando a uma perda progressiva, porém rápida, da capacidade de produção de insulina.
O pâncreas é um órgão que se localiza atrás do estômago e que contém as chamadas células beta, responsáveis pela secreção de insulina.
Este mesmo processo também pode ser disparado por alguns tipos de vírus, como o do Coxsackie e o da caxumba, que agridiriam por engano às células beta causando sua destruição.
A insulina é o hormônio responsável por diminuir os níveis de glicose no sangue. Para que isto ocorra, a insulina se liga a receptores especiais na membrana da célula – como uma chave a uma fechadura – fazendo, então, com que a glicose sanguínea entre nas células, alimentando o nosso organismo.
Quando sobra glicose na circulação sanguínea, mas falta nas células, ocorre aumento da fome ou polifagia. Ao mesmo tempo, quando a glicose ultrapassa valores de 180mg/dl no sangue, começa a ser eliminada pela urina e o indivíduo apresenta o que se chama de poliúria ou urinar muito, acompanhada de polidipsia ou muita sede.
Pode ocorrer também cansaço fácil, dores nas pernas, coceiras no corpo e visão turva.
Atenção, pois estes são os principais sintomas do diabetes.
Neste caso, o ideal é procurar orientação médica.

Saturday, December 30, 2006

ADEUS ROBINHO

O sensacional texto abaixo eu li e guardei de um comentário num site de esportes à época da transferencia do craque Robinho para a Espanha. Infelizmente o nome do autor escapou, ainda assim o melhor reconhecimento que posso fazer é colocá-lo aqui para a postaridade.



Vá e se perguntarem, dê as suas razões! Durante 40 mil anos, o pateta sabia-se pateta e como tal se comportava. Os melhores pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Mas em nosso tempo, e só em nosso tempo, os idiotas descobrem que estão em maior número. E, então, investidos da onipotência numérica, querem derrubar tudo. Diz o bom Dr. Alceu que o grande acontecimento do século XX foi a revolução Russa. Errou. Houve e continua uma outra muito maior, sim, muito mais profunda: - A Revolução dos Idiotas. Nelson Rodrigues - 1962. Piraci Oliveira[1] Nas próximas semanas, inexoravelmente, assistiremos à triste despedida do atleta ROBINHO. Ele partirá para nunca mais voltar a jogar profissionalmente em nossos clubes. É impossível que ele fique, a despeito do esforço que vem sendo realizado pela competente diretoria de seu clube, mesmo sabendo que a perda avizinha-se a passos largos. É pena que ele, garoto jovem e inexperiente, não aproveite o momento para externar as razões que o faz partir. Entretanto, ROBINHO, caso, já na terra de Picasso, lhe indaguem por que deixou o Brasil: Diga a eles que atualmente vige lei que permite - não se sabe como - que um atleta seja "dividido" em vários pedaços, cabendo uma parte (talvez as pernas) ao empresário; outra parte (a alma?) a outros "investidores", uma terceira parte ao clube; e ainda uma quarta parcela a ele mesmo. A lei que hoje regulamenta o futebol é tão mal concatenada que, apesar de não autorizar, permite o fracionamento do atleta entre vários pseudo-investidores. É inexplicável, mas ocorre dessa forma. Diga a eles que em passado recente você possuía três ou quatro procuradores (espécie de feitor do séc. XXI), porque seus pais, premidos pela pobreza e ignorância reinante nos confins da Praia Grande, mas baseado em lei que não veda a formatação de grilhões a favor de "empresários", firmaram procurações sem conhecê-las e, o pior, por parcos trocados. Diga a eles que os clubes estão à míngua, enquanto o Congresso, para "destravar" a pauta, retira Medida Provisória que salvaria os clubes de futebol - componentes do patrimônio cultural brasileiro - das execuções fiscais que avançam sobre seus patrimônios por erros cometidos no passado que, se não saneados, farão desaparecer grande parcela das centenárias agremiações. Diga a eles que é impossível que haja planejamento e busca de investidores e parceiros às agremiações, no país em que, a cada ano - em média - há uma alteração na lei que regulamenta o desporto. Veja você: Em 1997 vigia a "Lei do Passe"; em 1998, surge a "Lei Pelé"; em 2000 a "Lei Maguito"; em 2002 a Medida Provisória 39; em 2003 surge a Medida Provisória 79; em 2003 nasce a "Lei da Moralização" e o Estatuto do Torcedor; em 2005 é editada a Medida Provisória da TIMEMANIA. Em oito anos, vigeram, ou vigem, oito comandos diferentes, atingindo a incrível média de um por ano! Isso sem contar os Projetos de Lei e o inenarrável Estatuto do Esporte, primor de incompetência. Diga a eles que, apesar da Constituição vedar, o Tribunal Desportivo da CBF é presidido pelo Juiz que nomeou seu filho, de dezenove anos de idade, para julgar assuntos relativos ao futebol. O filho do vice-presidente, também magistrado, recebeu o mesmo mimo. Diga que "marido e mulher" também dividem cargos na procuradoria do tribunal, mas que trabalham por "amor" ao esporte bretão, desprendidos de qualquer interesse. Não esqueça de mencionar que quem escreveu o Código Disciplinar, agora o aplica. Quem era julgador, atualmente, é procurador, mas lembre-se, é “tutto bonna” gente. Diga a eles que o Banco Central criou a competente "força tarefa" e está fiscalizando os clubes que não declaram eventuais valores recebidos pela cessão de atletas ao estrangeiro, baseados em Decreto assinado por Getulio Vargas quando o Congresso estava fechado pelo Golpe de Estado. Diga que essa zelosa "força-tarefa", impondo penas altíssimas às associações desportivas, não está envolvida com a fiscalização da recém constatada "operação-mensalão", gerada por um certo Marcos Valério. Diga a eles que no Brasil você não sabe qual o seu real salário, pois o licenciamento de imagem e o direito de arena, apesar de legalmente não serem considerados como verbas salariais, são assim enquadrados pela justiça trabalhista. Diga, por fim, que por aqui os clubes são obrigados a se transformarem em "empresas" para que - na cabeça dos ilustres deputados - haja transparência nas administrações, como havia no Banco Santos, na VASP, na Transbrasil, no Fundo 157 e, em especial, com a empresa de propaganda DNA,, aquela mesma, do Marcos Valério, avalista do PT, que recebeu 500 milhões em honorários do Governo Federal e pagou empréstimos de campanha. Há muito mais, mas podemos parar por aqui. Eles entenderão bem suas razões para deixar o Brasil. Nós, simples mortais, continuaremos em solo tupiniquim, combatendo os poderosos e lutando por um Brasil melhor. Quem sabe seus netos possam algum dia retornar e, ainda que falando em castelhano, desfilar por agremiações acionais. Por ora, só nos resta lhe desejar boa sorte e lucidez aos "idiotas", que nas palavras do Anjo Pornográfico: investidos da onipotência numérica querem derrubar tudo. Um Brasil ético é cada vez mais sonho distante. Vá com Deus, e pedale por lá. Nossos legisladores não o merecem.

UMA BELA HISTÓRIA DA MBRJ


Meados de 2002, nosso filho David está em sua segunda área. É também o segundo ELDER DONATO na mesma missão. Suas cartas contam que está muito feliz agora. A cidade é MURIAÉ (MG), e o trabalho lá é pioneiro, eles tem uma pequena freqüência e trabalham duro para que o grupo seja transformado em Ramo. Ele conta que tem recebido da Missão várias cartas de uma família da cidade de CAPARAÓ (MG), cerca de uma hora acima de Muriaé solicitando a visita de missionários para ensinar e batizar os filhos. Trata-se de uma irmã que fora batizada uns 25 anos antes na cidade de JUIZ DE FORA (MG), onde estudou. Bem, ao ler isto, meu coração disparou e a memória começou a varrer os idos de 1977, em minha primeira área na MBRJ, Juiz de Fora (MG). Eram minhas 3 primeiras semanas em campo. Eram também as 3 últimas semanas de meu primeiro companheiro, (também um caipira do interior) e gastamos a maior parte do tempo nos desentendendo sobre tudo. Nenhuma possibilidade de batismo e nem de ensino. Até que um bom líder do Ramo de Juiz de Fora, irmão BENJAMIM nos apresentou uma moça: "Érdes, esta é a VALÉRIA, ela tem 19 anos e veio pra Juiz de Fora pra estudar e pra ser batizada. Seus pais são membros antigos, mas moram em Caparaó, e passam anos sem poder vir ä Igreja". Ensinamos todas as palestras em uma única semana, ela tinha algumas lembranças da Primária, a ultima vez que viera à Igreja não tinha idade para batismo. E, em meu terceiro e último domingo em JF batizamos a Valéria. Naquela mesma noite, junto com a saída de meu companheiro veio de surpresa minha transferência para Recife, a área de Juiz de Fora foi temporariamente fechada e nunca mais tive oportunidade de vê-la, nem o sobrenome anotei.Imediatamente contei ao David esta história de 25 anos atrás, e lá foi ele e seu companheiro obter autorização do Presidente BARRETO para ensinar a família de Caparaó. Não era a Valéria, mas sim a RENATA, irmã mais nova dela, que algum tempo depois fez a mesma rotina de sua irmã para ser batizada em Juiz de Fora, na época o Ramo mais próximo deles, cerca de 5 horas de viagem de ônibus.A Valéria mora atualmente na ITÁLIA, meu filho ensinou e batizou os filhos da Renata, conheceu a família toda, inclusive os avós. Nos mandou fotos do batismo num rio nas terras deles. É uma família linda, embora longe fisicamente da Igreja por tantos anos, tem ensinado como podem o evangelho aos filhos e netos.E, por falar em neto, eu sugeri ao David que batize todos da família, não deixe nenhum trabalho incompleto, pois assim o filho dele (futuro Elder Donato, uns 25 anos daqui) poderá ser mandado para uma outra missão qualquer. Mas acho que nós 2 ficaremos orgulhosos, se pudermos ver uma provável terceira geração de Elder Donato na mesma MBRJ.Mas temos a esperança que antes disto eles enviem Elderes, filhos da Renata e da Valéria para o campo missionário.
José Roberto Donato ex-Elder Donato MBRJ 1977-1979
David Samaha Donato ex-Elder Donato MBRJ 2002-2004
08 de fevereiro de 2005

FARIA NOVAMENTE?????

Segue mais uma pequena história sobre coisas pequenas, mas que exigiram uma boa dose de fé.Acho que vocês vão se lembrar de como eram as coisas aquele tempo etalvez até se lembrem de algo semelhante.
Brasília, (Set 1978+-) já estou entrando na reta final da missão e ainda não uso um relógio, aliás, hábito da vida toda. Até o momento, não precisei realmente de um relógio. Meus companheiros sempre tinham um, ás vezes até 2 (despertador). Mas agora o caso é diferente, sou LZ em uma zona com 13 duplas e meu companheiro (Elder Tyler) também não tem relógio. E precisamos correr muito por todo o Distrito Federal, Anápolis e Goiânia para entrevistas. Os compromissos são agendados em prazo exíguo, e não dá mais pra ficar sem relógio. Alguns meses antes eu havia conseguido um belo Timex em uma troca com o Elder Tyner (ex-contador) quando trabalhávamos na Ilha do Governador. Mas como ele me avisara, o danado tinha um defeito: ás vezes parava de funcionar. Levei-o a um relojoeiro do Rio, que me disse que a pulseira tinha algum valor, mas já a maquina não valia a pena gastar nada. O Tyner, como não tivera a oportunidade de conhecer o Nordeste, insistiu comigo para que eu trocasse com ele uma legitima "rede de casal" pelo seu relógio com alguns anos de uso. A rede também era usada, pois eu a havia trocado por 4 camisas brancas em Fortaleza com o Fernandão, que era o primeiro jovem a sair em missão do Ramo. Inclusive as camisas também eram usadas, estavam na segunda ou terceira missão. Voltando ao Timex, estávamos precisando muito dele, dava corda e ele funcionava por algum tempo, no máximo por umas 2 ou 3 horas, as vezes menos de meia hora e parava. Eu ia perguntando as horas e acertando, colocando-o pra funcionar. Mas muitas vezes acabava me esquecendo de que eu tinha que fazer o papel de relógio para o meu relógio, e quando percebia, o danado estava parado á muito tempo. Até que, numa manhã, tomamos uma decisão, Elder Tyler e eu, colocamos o relógio sobre a mesa, cruzamos nossos braços ao redor do mesmo e fizemos uma oração onde explicamos ao Senhor nosso problema. Então pedimos a ele que desse um jeito para que aquele relógio cumprisse seu papel, e que nós, seus servos realmente precisávamos dele. E dissemos na oração que enquanto dependêssemos daquele relógio ele deveria funcionar. E o relógio funcionou. Quando fui transferido para o Engenho de Dentro, o relógio já chegou lá parado e nunca mais funcionou. Está guardado comigo até hoje. Além de não funcionar mais, quebrou de vez, pois os ponteiros giram livres, é só dar corda e parece um ventilador, os ponteiros disparam. Já serviu como auxilio didático em reunião familiar. Talvez eu o leve no púlpito em algum discurso. Espero que vocês mandem também historias interessantes daqueles bons tempos. Um abraço a todos
Ex Elder Donato MBRJ 1977/1979

CHORAM OS HERMANOS

Li na edição eletronica de um grande jornal da Argentina no dia seguinte após a final da Copa das Confederações, entre Brasil e Argentina, alguns meses antes da Copa 2006 da Alemanha,
Fiquei muito impressionado com a visão do reporter, pois no mundo do futebol normalmente as paixões costumam turvar a vista, e esta foi esplendida, como aliás foi esplendido o resultado da partida.
Apesar de estar em espanhol, dá perfeitamente para entender.

Los diez golpes que llevaron al knock-out
Por Daniel Arcucci Enviado especial

Las razones de la caída; desde la inseguridad de Lux hasta la insistencia de Sorin por jugar de N° 9; desde la influencia de Riquelme hasta el agotamiento físico


FRANCFORT.- Quedó escrito tras el ahora todavía más costoso triunfo ante México, el que permitió la clasificación para esta final que más de uno querrá olvidar rápidamente. Quedó escrito que no le habían alcanzado aquellos 120 minutos para demostrar suficiente maduración como equipo y que le habían sobrado esos mismos 120 minutos para estimar que, por más cansados y apagados que los brasileños estuvieran, afrontar el clásico de los clásicos sudamericano jugando así, la exponía a más riesgos de los habituales, que no eran pocos. Pero ni los más sensatos análisis suponían la exposición del equipo argentino a semejante paliza. ¿Por qué pasó lo que pasó, entonces?
1 Porque si va a jugar Sorin de 9, mejor sería poner a un 9. No es arbitrario empezar por este punto, ya que involucra al entrenador, al capitán y, por si algo faltara, condiciona al resto del equipo. Una cosa es que Sorin, con su habitual espíritu ganador, aparezca por sorpresa en el área o se juegue heroicamente cuando ya no queda tiempo y se intentó todo sin conseguir nada. Y otra cosa es que Sorin se plante desordenadamente en el área desde el comienzo mismo del partido, molestando a sus compañeros en esa zona, recargando de trabajo a sus socios en el medio campo y liberando a sus rivales que, como Kaká, aprovechan el espacio regalado y se divierten.
2 Porque Riquelme se nota mucho cuando juega bien, pero se nota más cuando juega mal. Negar el talento valiente de Román, capaz de mostrarse siempre para ocuparse de la pelota, es tan necio como negar que cuando no está en su noche, o está cansado, exaspera.
3 Porque Aimar todavía no es Aimar. Si no se tuviera el conocimiento concreto de que a Pablo lo trajeron aquí exclusivamente para reinsertarlo en el grupo, para reacondicionarlo al ritmo de la alta competencia, para fortalecerle su autoestima, sería lógico caer en el facilismo de la "riquelmedependencia" de este equipo. Pero lo cierto es que, hoy, Aimar no es ni siquiera una alternativa. Es, apenas, nada menos, una gran apuesta para el futuro.
4 Porque todavía no hay un arquero y tampoco un? Ayala. Germán Lux tuvo casi tan poca responsabilidad en los cuatro goles brasileños como continuidad y experiencia tiene en el arco de su club. Y lo último se vuelve más notable que lo primero: siempre insinúa inseguridad. Por lo demás, la tarea que aquí le tocó a Coloccini -siempre en el límite del reglamento, muchas veces más allá con la complicidad de los árbitros- le garantiza a Ayala una jubilación a largo plazo en el puesto.
5 Porque se esperó demasiado al goleador. Aquel principio de que al artillero hay que dejarlo, tuvo su desmentida en Figueroa. Los tres goles ante Australia lo atornillaron al equipo titular aunque el pobre Luciano -más allá de su gol a México- castigó a la pelota durante todo el resto de la Copa. No hubiera estado mal probar un poco más cómo se relacionaba con ella Carlos Tevez, por ejemplo.
6 Porque el agotamiento físico no perdonó. Fue para los dos, es cierto. Pero a la Argentina le llegó tarde y mal. Las secuelas de la batalla contra México estaban marcadas en los cuerpos del 90% de los jugadores que salieron a enfrentar a Brasil. Y tanto se habló de eso, que ninguno fue capaz de quitarse ese peso de la cabeza.
7 Porque esta vez no alanzó con el orgullo. La vigilia hizo coincidir a todos: estos clásicos se juegan con el corazón, no con las piernas ni con la cabeza. Todo indica que quienes hablaron en portugués, mintieron.
8 Porque la segunda línea de Brasil fue de primera. ¿No está Cafú? Centro de Cicinho. ¿No viene Ronaldo? Hay que ver si este Adriano le hubiera dado su lugar. ¿No viajó Roberto Carlos? Ah, ¿ése se llama Gilberto? Saudade, lo que se dice saudade, la Argentina tuvo de Crespo, de Mascherano, de Lucho González, de Abbondanzieri, de Ayala?
9 Porque se provocó al monstruo. Durante toda esta Copa de las Confederaciones, Brasil trabajó sobre los errores en el Monumental: distracciones y desequilibrio a la hora de recuperar la pelota, pasividad y lentitud en sus creadores. En el Waldstadion, el pentágono -Zé Roberto, Ronaldinho, Kaká, Robinho y Adriano- aplicó todo su poder. Y, encima, al final fue piadoso.
10 Finalmente, porque la máxima de Diego Simeone, tiene más vigencia que nunca: Brasil tiene cracks; la Argentina, buenos jugadores.
Por Daniel Arcucci Enviado especial

TELE SANTANA 1931-2006

TELE SANTANA 1931-2006
Ta na hora de rever meus conceitos!! É exatamente o que eu teria pensado em Julho de 1994, logo após a insonsa conquista da Copa pela equipe do Carlos A. Parreira. Como a referida frase ainda não era famosa, tratei de me por a rever meus conceitos, sem frase de efeito mesmo.
E, numa pouco elaborada conclusão, decidi: ‘Eu odeio o Telê Santana, ele me enganou em 82 e 86. Primeiro, me encantou com um time magnífico, jogando um futebol-arte, para depois me decepcionar, e ter que engolir a grossura italiana e a arrogância portenha ganhar os dois sonhados canecos.”
E, só cheguei a este rebuscado raciocínio após ver a limitadíssima equipe do Parreira levantar o título nos EUA em 1994. Achei que o Parreira tinha conseguido o impossível: ensinar os brasileiros a ganhar sem jogar bonito. E, de uma certa forma, foi exatamente que aconteceu. Até então só havíamos ganho algum campeonato mundial jogando excepcionalmente bem. Nas conquistas anteriores, o Brasil demonstrara estar em um nível acima dos demais. Mas desta vez ganhamos como ganha uma Itália, uma Argentina, ou pior ainda, como ganha uma Inglaterra ou uma Alemanha meio pugilato, meio futebol..
Para minha surpresa, e de muitos puristas torcedores brasileiros, o Brasil ganhou um título jogando um futebol mediano. Soube se impor com muita garra, mas demonstrar garra, isto não era novidade, já havíamos feito isto em 62. Porém apesar de toda garra e estratégia, em algumas partidas, ficamos no mesmo nível técnico dos adversários. Eis que, surge para nós brasileiros, uma novidade: ser campeão com um time mediano. Com um único destaque em campo: Romário. Exatamente como já tínhamos visto nossos adversários fazerem, ou seja, armar um time forte e depositar suas esperanças em um único craque. A Argentina de Maradona, a Itália de Roberto Baggio, a Alemanha de Mathaus são alguns exemplos típicos.
E isto me leva a refletir, e tentar uma ousadia: ordenar na mente os diferentes tipos de seleções que já vi em campo!!!
E de cara, dá até para separar em algumas categorias:

Primeiro tipo: jogando bonito, mas perdedora, as de 82 e 86 nas mãos do mestre Telê.

Segundo tipo: jogar bonito e perder de si mesma, já se sabia da equipe de 50. Posando com a faixa de campeã antes da hora, deu chance para o time mediano do Uruguai se superar e arrancar um resultado histórico em pleno Maracanã. Foi o maior feito dos uruguaios, superar exatamente uma equipe altamente técnica, com jogadores clássicos, um feito tal, que a Celeste jamais o repetirá, seja contra quem for.

Na outra ponta do arquivo, devo colocar a categoria “Jogando feio e merecidamente derrotada” e, nesta, a de 90 é disparada o maior exemplo. Medíocre, na exata medida da palavra.

Bem, voltando ao assunto, a lição da Copa 94 do Professor Parreira, filho da D. Geni, torcedora tardia, me fez odiar o Tele e tudo que ele representava. Em parte, talvez porque todos os anos de triunfo dele no Palmeiras, no São Paulo e no Atlético coincidiram com os piores anos do meu Santos. No ocaso da era Pelé, quando éramos humilhados por todos, desde a plebe corintiana comandada por um santista de coração, Dr. Sócrates; passando pelo efeito Zico no Rio; Falcão, Batista (precursor do Dunga) no Sul, enfim uma época de trevas para os órfãos do Rei Pelé.
E passei então a nutrir um certo desprezo pelo pensamento do Mestre Telê, futebol-arte uma ova. O que interessa é ganhar. Jogar bonito vem em segundo plano.

E o que Mestre Telê tem a ver com tudo isto?
Talvez seja ele o último inocente a praticar futebo-arte. Morre com ele a ultima tentativa romântica de ganhar jogando maravilhosamente. Parreira e principalmente Felipão ganharam jogando com eficiência. No caso do Felipão com muito mais qualidade graças ao material humano que convocou, e com alguma beleza, pois também trabalhou privilegiando a eficácia antes da beleza.
E como não cheguei a ver Telê em campo, como jogador, o Fio da Esperança da torcida do fluminense, não posso ter certeza de sua qualidade técnica, mas suspeito que devia ser limitado.
Porque tornou-se quase uma regra no Brasil: jogadores nível perna-de-pau tornam-se grandes técnicos. Exemplos mais evidentes: Luxemburgo, Felipão, Parreira (amador) e tantos outros medíocres ex-jogadores, que como técnicos maravilharam o Brasil.
Já o contrário é uma verdade inconteste: craques raramente repetem o brilho como técnicos, provavelmente pela falta de paciência, ou talvez ainda por não entender como é que seus comandados não conseguem colocar a bola onde eles indicam. Falcão, Pelé, Maradona, Rivelino, Gerson, Tostão, Nilton Santos, Junior, Sócrates, e outros mil. Zico talvez seja a exceção, mas só vou acreditar quando ele tiver a coragem de assumir o comando do seu Mengão. Afinal, fazer algumas peripécias no Japão não qualifica ninguém.
Daí que só posso concluir que o Mestre Telê não deve ter sido nenhum craque de bola. Não sei ao certo se chegou a ser convocado para a Seleção, mas ás Copas dos anos 50/60 acho que não foi. E conto ainda com a emburrada opinião do meu caro avô Pepê que dizia na época: “quem não tem Pelé joga com um Telê mesmo”, ou algo parecido.
Mas que é mais gostoso jogar bonito é. E, se ganhar, então é a perfeição. E foi isto que Tele buscou sempre: a perfeição. Talvez não tenha atingido a sua como técnico. Mas foi extremamente coerente e perseverante na sua busca pela perfeição. Talvez o grupo que reuniu na época não estava á altura das expectativas dele, nem das nossas. Talvez tenha acreditado demais no estilo anti-atleta do bebum Sócrates, no coração do moleirão Cerezo, na elegância do Falcão, e todos eles falharam com o Velho Mestre. O deixaram na mão em pleno Sarriá.
Olhando apenas do ponto de vista absolutamente racional, nem dá pra entender direito a razão que o levou a aceitar uma segunda tentativa em 86.
Mas quem sou eu pra defender a racionalidade, sendo neto de calabrês?
Só acho que ficou um pouco pesado demais para ele agüentar o fardo de 2 fracassos consecutivos, aturar o triunfo alheio, quando sabia ter em casa tal fartura de talento...