Thursday, January 04, 2007

EXPERIENCIAS COM OUTRAS RELIGIÕES

Sempre fico maravilhado quando penso no Plano de Salvação, em sua abrangência, nos pequenos detalhes pensados por Nosso Pai Celestial para acudir com misericórdia a todos os seus filhos nesta terra, e ainda assim satisfazer as exigências da justiça. Era importante estabelecer um meio pelo qual se evitasse a entrada no gozo da vida eterna de alguém não digno, despreparado para tal qualidade de vida, e para o nível de poder que teria acesso neste grau. A perfeição deste plano só poderia vir de Deus.
Desta maneira, sempre atentei para evitar cometer o erro do “exclusivismo”. Acho tolice alguém pensar que, por ser membro desta Igreja, seja melhor que qualquer outro homem que já viveu nesta Terra. Gosto de pensar também que não devo ser pior que qualquer outro. Sei do risco que correria, se cedesse a sentimentos deste tipo, pensando ser melhor que os demais que não são do convenio. Me parece, que sempre que houve um povo do convênio, logo surgia a tendência de se isolar totalmente, passando um certo ar de superioridade aos vizinhos. Na verdade com isto se perde a oportunidade de estar no mundo sem ser mundo, fator necessário para a obra missionária. Muitas das perseguições sofridas pelos pioneiros mórmons foram decorrentes do receio que outros grupos sentiram pela presença maciça dos santos, e sua influencia nos negócios da região, principalmente influência política. Hoje em dia, apesar de uma nova atmosfera em termos de tolerância religiosa, ainda assim, não podemos nos enganar, a aceitação que nossa geração goza perante o mundo religioso é mais aparente do que real. É mais regida pela prática do “politicamente correto” do que por honestos e bons sentimentos cristãos. A aceitação que gozamos perante o mundo acadêmico (idem no das artes) também tem algo de inconsistente. Alguns parecem querer o que tivermos de bom e útil à lhes oferecer, mas não fazem o mesmo esforço para nos acolher ou incluir quando seja o caso.
Já no mundo dos negócios, seja em grandes corporações ou não, a Igreja e seus membros têm desfrutado de um ótimo conceito. Mas isto se deve ao seu próprio desempenho, e não pela mera tolerância dos demais.
Portanto, ao olharmos por este prisma, não causa espanto ver como a Igreja tem o respeito de lideres moderados do mundo mulçumano. Eles encontram nos mórmons interlocutores à altura de seus elevados conceitos de família, moralidade, princípios de saúde e tantos outros pontos em comum. Alguns destes pontos, que nos aproximam de povos tão distantes são os mesmos que nos afastam de nossos próprios familiares não membros. Sempre me interessei por temas ligados ao relacionamento de nossa Igreja com as demais religiões, principalmente com as grandes religiões do oriente, milenares. O Cristianismo, por séculos sem revelação divina, se nivelou às outras religiões, e assim sendo, mais errou que acertou quanto as suas responsabilidades de representar o Senhor perante o mundo dito não cristão.
Acho também que não podemos julgar a reação de outras religiões à nós, sem pelo menos tentar entender o contexto geral de sua cultura, seus valores e seus costumes.
Fui agraciado pela vida e creio que cresci muito no contato com pessoas de outras religiões, e pude aprender um pouco com cada uma delas.
Nos próximos posts, colocarei 3 casos interessantes.

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